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Blog elaborado para a Avaliação do Professor Mauro Torres para a disciplina de História. 3ª série B Geisa Carolina, Karoline Ribeiro e Thais Araujo.
domingo, 25 de novembro de 2012
Direitos humanos sob a ditadura militar brasileira
A questão dos direitos humanos no Brasil é delicada. A situação foi precária
durante toda a ditadura militar (1964-1985) e se mantém até hoje; alguns dizem que por
consequência direta desta. Entre os abusos mais
comuns estão tortura ou
excesso de força policial e execuções sumárias. O massacre
do Carandiru (1992) é considerada a maior violação dos direitos
humanos na história recente do país, tendo vitimizado 111 detentos do Presídio de Carandiru.
A sociedade brasileira foi submetida ao terror de Estado, pois as inúmeras leis de exceção promulgadas ao longo desses anos romperam com a legalidade jurídica ao suprimirem os direitos individuais e constitucionais e as liberdades democráticas.
A tortura, prática cruel e desumana, largamente empregada pelos órgãos policiais contra os cidadãos comuns para extrair confissões de suspeitos, tornou-se uma política de Estado a nortear a repressão contra os envolvidos em quaisquer atividades políticas de oposição ao regime.
Foi nesta conjuntura de
extrema violência contra os cidadãos que a Igreja católica assumiu um papel de
destaque na luta contra a repressão e a tortura e na defesa intransigente dos
direitos humanos, transformando-se na mais importante instituição de oposição à
ditadura militar.
Organizações armadas contra o regime militar
Inúmeras organizações irão
surgir nesse período, sendo que a maioria das mesmas irá aderir ao processo de
luta armada contra o regime militar. Entre as diversas diferenças políticas e
ideológicas entre elas, uma se destacava: a manutenção de uma estrutura de
partido ou a criação de organizações sem estrutura de partido e com liberdade
de ação por parte dos comandos militares da organização. O fundo dessa
discordância era proveniente da influência da Revolução Cubana entre os
militantes de esquerda na América Latina através da Teoria do Foco, onde a ação
de partido era considerada desnecessária. Por outro lado, também é fruto da
retomada dos debates sobre concepção de partido revolucionário e a relação dos
partidos com os movimentos de massas, debate presente no pensamento marxista
europeu durante toda a primeira metade do século XX
·
Ação
Libertadora Nacional (ALN)
·
Comando
de Libertação Nacional (COLINA)
·
MNR
·
Movimento
de Libertação Popular - Molipo
·
Movimento
Revolucionário 8 de Outubro (MR-8]
·
PCB
·
Partido
Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR)
·
Partido
Operário Comunista (POC)
·
POLOP
·
VAR-Palmares
·
Vanguarda
Popular Revolucionária (VPR, VAR-P ou VAR-PAL)
Com o golpe militar de 1964 e o combate cada
vez maior dos militares contra os focos de agitação , grupos dissidentes dos
partidos comunistas iniciaram as atividades de guerrilha armada urbana ou rural
com vista a derrubar a ditadura militar e
restabelecer o governo democraticamente eleito de João Goulart.
Dentro do próprio exército, cerca de doze
militares perseguidos pelo novo poder vigente (regime militar autoritário de
direita) se organizaram no MNR (Movimento Nacionalista
Revolucionário), o grupo que teria sido o primeiro a se dedicar às atividades
armadas de oposição ao militarismo ditatorial.
Paralelamente
organizações esquerdistas como a POLOP deram origem a grupos cada vez mais
radicais de "resistência", praticando assassinatos políticos, sequestros
de embaixadores para troca de prisioneiros políticos, assaltos a bancos e
supermercados, para financiar as lutas armadas contra o regime militar.
Propaganda institucional e perseguição aos movimentos de resistência
Médici utilizou a propaganda institucional maciça para promover o regime. Estabeleceu o Senador Filinto Müller, conhecido internacionalmente como "O carrasco que servia a Getúlio Vargas", como presidente do Congresso Nacional e como chefe do partido situacionista, a ARENA.
No dia 4 de Novembro de 1969, o deputado Carlos Marighella, líder da ALN (Aliança Libertadora Nacional), foi morto a tiros, na Alameda Casa Branca, em São Paulo. Esta operação teve a participação direta do delegado Sérgio Paranhos Fleury, considerado como um dos mais brutais torturadores deste período. Coube ao Delegado Fleury, entre outras operações, a eliminação de Carlos Lamarca, o mesmo que matou, a coronhadas, o tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Alberto Mendes Júnior, que foi torturado antes de morrer.
A principal realização do governo Médici foi terminar com os movimentos guerrilheiros e subversivos existentes no Brasil, combate este que ficou a cargo do ministro do exército Orlando Geisel. A maior guerrilha brasileira, a Guerrilha do Araguaia, foi finalmente derrotada, abrindo espaço para que o sucessor de Médici, Ernesto Geisel, iniciasse a abertura política.
A respeito da tática de guerrilha, usada por parte da oposição esquerdista ao regime militar, o seu maior incentivador foi Carlos Marighela que assim se posicionou sobre guerrilhas, especialmente sobre a guerrilha rural como a "guerrilha do Araguaia':
“O princípio básico estratégico da organização é o de desencadear, tanto nas cidades como no campo, um volume tal de ações, que o governo se veja obrigado a transformar a situação política do País em uma situação militar, destruindo a máquina burocrático- militar do Estado e substituindo-a pelo povo armado. A guerrilha urbana exercerá um papel tático em face da guerrilha rural, servindo de instrumento de inquietação, distração e retenção das forças armadas, para diminuir a concentração nas operações repressivas contra a guerrilha rural!
— Carlos Marighela
Carlos Marighela, em seu “Manual de Guerrilha” assim explicava como deveria ser a luta armada visando a implantação do comunismo no Brasil:
a. A exterminação física dos chefes e assistentes das forças armadas e da polícia.
b. A expropriação dos recursos do governo e daqueles que pertencem aos grandes capitalistas, latifundiários, e imperialistas, com pequenas expropriações usadas para o mantimento do guerrilheiro urbano individual e grandes expropriações para o sustento da mesma revolução.
É claro que o conflito armado do guerrilheiro urbano também tem outro objetivo. Mas aqui nos referimos aos objetivos básicos, sobre tudo às expropriações. É necessário que todo guerrilheiro urbano tenha em mente que somente poderá sobreviver se está disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão, e se está verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas, dos latifundiários, e dos imperialistas.
No Brasil, o número de ações violentas realizadas pelos guerrilheiros urbanos, incluindo mortes, explosões, capturas de armas, munições, e explosivos, assaltos a bancos e prisões, etc., é o suficientemente significativo como para não deixar dúvida em relação às verdadeiras intenções dos revolucionários.
A execução do espião da CIA, Charles Chandler, um membro do Exército dos EUA que veio da guerra do Vietnã para se infiltrar no movimento estudantil brasileiro, os lacaios dos militares mortos em encontros sangrentos com os guerrilheiros urbanos, todos são testemunhas do fato que estamos em uma guerra revolucionária completa e que a guerra somente pode ser livrada por meios violentos.
Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão, e a dedicar 24 horas do dia à expropriação dos exploradores da população.
A questão básica na preparação técnica do guerrilheiro urbano é o manejo de armas, tais como a metralhadora, o revólver automático, FAL, vários tipos de escopetas, carabinas, morteiros, bazucas, etc.
No dia 4 de Novembro de 1969, o deputado Carlos Marighella, líder da ALN (Aliança Libertadora Nacional), foi morto a tiros, na Alameda Casa Branca, em São Paulo. Esta operação teve a participação direta do delegado Sérgio Paranhos Fleury, considerado como um dos mais brutais torturadores deste período. Coube ao Delegado Fleury, entre outras operações, a eliminação de Carlos Lamarca, o mesmo que matou, a coronhadas, o tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Alberto Mendes Júnior, que foi torturado antes de morrer.
A principal realização do governo Médici foi terminar com os movimentos guerrilheiros e subversivos existentes no Brasil, combate este que ficou a cargo do ministro do exército Orlando Geisel. A maior guerrilha brasileira, a Guerrilha do Araguaia, foi finalmente derrotada, abrindo espaço para que o sucessor de Médici, Ernesto Geisel, iniciasse a abertura política.
A respeito da tática de guerrilha, usada por parte da oposição esquerdista ao regime militar, o seu maior incentivador foi Carlos Marighela que assim se posicionou sobre guerrilhas, especialmente sobre a guerrilha rural como a "guerrilha do Araguaia':
“O princípio básico estratégico da organização é o de desencadear, tanto nas cidades como no campo, um volume tal de ações, que o governo se veja obrigado a transformar a situação política do País em uma situação militar, destruindo a máquina burocrático- militar do Estado e substituindo-a pelo povo armado. A guerrilha urbana exercerá um papel tático em face da guerrilha rural, servindo de instrumento de inquietação, distração e retenção das forças armadas, para diminuir a concentração nas operações repressivas contra a guerrilha rural!
— Carlos Marighela
Carlos Marighela, em seu “Manual de Guerrilha” assim explicava como deveria ser a luta armada visando a implantação do comunismo no Brasil:
a. A exterminação física dos chefes e assistentes das forças armadas e da polícia.
b. A expropriação dos recursos do governo e daqueles que pertencem aos grandes capitalistas, latifundiários, e imperialistas, com pequenas expropriações usadas para o mantimento do guerrilheiro urbano individual e grandes expropriações para o sustento da mesma revolução.
É claro que o conflito armado do guerrilheiro urbano também tem outro objetivo. Mas aqui nos referimos aos objetivos básicos, sobre tudo às expropriações. É necessário que todo guerrilheiro urbano tenha em mente que somente poderá sobreviver se está disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão, e se está verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas, dos latifundiários, e dos imperialistas.
No Brasil, o número de ações violentas realizadas pelos guerrilheiros urbanos, incluindo mortes, explosões, capturas de armas, munições, e explosivos, assaltos a bancos e prisões, etc., é o suficientemente significativo como para não deixar dúvida em relação às verdadeiras intenções dos revolucionários.
A execução do espião da CIA, Charles Chandler, um membro do Exército dos EUA que veio da guerra do Vietnã para se infiltrar no movimento estudantil brasileiro, os lacaios dos militares mortos em encontros sangrentos com os guerrilheiros urbanos, todos são testemunhas do fato que estamos em uma guerra revolucionária completa e que a guerra somente pode ser livrada por meios violentos.
Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão, e a dedicar 24 horas do dia à expropriação dos exploradores da população.
A questão básica na preparação técnica do guerrilheiro urbano é o manejo de armas, tais como a metralhadora, o revólver automático, FAL, vários tipos de escopetas, carabinas, morteiros, bazucas, etc.
Recessão econômica
Recessão econômica
Em economia, recessão é uma fase
de contração no ciclo econômico, isto é, de retração geral na atividade econômica por um certo período de tempo, com
queda no nível da produção (medida
pelo Produto Interno Bruto),
aumento do desemprego, queda na renda familiar, redução da taxa de lucro e aumento do número de falências e concordatas, aumento da capacidade ociosa e
queda do nível de investimento.
De maneira um tanto simplista, costuma-se considerar que uma
economia entra em recessão após dois trimestres consecutivos de queda no PIB.
Tal idéia surgiu a partir de um
artigo de Julius Shiskin, publicado em 1974 pelo New York Times. Entretanto,
a "regra prática" mostrou-se falha, por exemplo, na recessão de 2001 (estouro da bolha das empresas ponto com e o surpreendente colapso da chamada
"nova economia"), quando desapareceram 2,7 milhões de empregos - mais
do que em qualquer recessão pós-guerra. Da
mesma forma, acredita-se que a recessão seja causada por uma queda generalizada
nos gastos, e, assim, os governos costumam responder à recessão com políticas macroeconômicas expansionistas
- expansão da oferta de meios de pagamento e do gasto público; redução de tributos - o que, entretanto, pode resultar em
nova crise, a exemplo do que ocorreu após o colapso das pontocom,
quando uma grande expansão do crédito inflou uma outra bolha, a das hipotecas,
dando lugar à crise do subprime,] enquanto que a expansão do gasto
público engendrou, algum tempo depois, a crise da dívida soberana na zona euro.
O país que mais sofreu a recessão duradoura
nos últimos 46 anos, foi a Alemanha foi o país
que mais permaneceu sob contração da atividade econômica. Entre 1962 e 2007,
ela ficou 144 meses em recessão. Em segundo lugar estão o Japão e a Itália,
com 99 meses cada. A terceira posição ficou para a Índia, com 83 meses.
No Brasil
O Brasil país já passou por
diversos ciclos de recessão. O mais longo ocorreu na década de 1980, quando
ocorreu a transição do regime militar para a democracia. No governo do
presidente José Sarney, os brasileiros enfrentaram longos períodos de
inflação e hiperinflação. Ao mesmo tempo, crescia a dívida externa. Com o
passar dos anos, em vez da situação melhorar, ela piorava, e os produtos
ficavam ainda mais caros. Durante essa fase, o Brasil chegou a ter três
moedas diferentes (cruzeiro, cruzado e cruzado novo). Além disso, vários
planos econômicos foram criados com o intuito de remediar a crise. Durante a
chamada "década perdida", o cotidiano das pessoas e o funcionamento
do setor produtivo eram outros. O cenário só foi melhorar mesmo cerca de dois
anos depois da queda do presidente Fernando Collor de Mello, com o início do
Plano Real.
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Há uma redução na
geração de renda e um corte pesado nas vagas do mercado de trabalho. Em alguns
países, os trabalhadores podem até não perder o seu emprego, mas podem ter seus
salários reduzidos. De acordo com Gonçalves, depois da Grande Depressão,
iniciada com o Crash da Bolsa, em 1929, os economistas aprenderam que o estado
tem um papel fundamental na economia. “O estado toma a frente no mercado,
restaura a confiança das empresas e ele próprio gera a demanda.” O professor da
FGV explicou que, entre as possíveis ações do governo para combater uma
recessão estão os cortes de impostos e juros e o aumento dos gastos públicos.
Efeitos
de uma recessão nos EUA para o Brasil : O principal canal de contágio são os
mercados externos. Com uma recessão nos Estados Unidos, o mercado para as
exportações do Brasil fica menor. Ele lembra, porém, que o comércio exterior
responde por menos de 20% do PIB brasileiro. Uma solução, segundo ele, seria
buscar outros parceiros comerciais, como a China, por exemplo. Outro problema,
que já vem tirando o sono dos empresários brasileiros, é a escassez de crédito.
Com menos liquidez na economia mundial, é mais difícil conseguir capital, que
também fica mais caro. Além disso, dependendo dos índices de alta do dólar, as
importações podem ficar mais caras e, como conseqüência, a inflação poderá
aumentar.
Com a confiança do consumidor reduzida e a
incerteza aumentando, as pessoas preferem poupar e pagar dívidas a consumir.
Além disso, elas sentem na pele a ameaça do desemprego, adiam a troca do
automóvel e cancelam a viagem de férias. Segundo Gonçalves, não há outro
jeito: uma recessão “reduz o bem-estar material das pessoas”, mesmo daquelas
que permanecem com seus empregos
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Pena de morte e a prisão perpétua são institucionalizadas
Em função dos acontecimentos que começaram a se radicalizar, aumentando os casos de sequestro, assaltos a bancos para financiar o combate a ditadura, assassinatos de recrutas das Forças Armadas para roubo de armas e munições, no dia 18 de Setembro de 1969 os ministros militares e ministros civis que assumiram ao governo mandam aprovar nova Lei de Segurança Nacional, que institucionalizou a pena de morte e a prisão perpétua em território brasileiro, contudo por engano de interpretação, já que a pena de morte já era prevista na Constituição vigente e também continuou prevista na Constituição Cidadã de 1988, nos casos de crimes militares cometidos em tempo de guerra e conflito armado.
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